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Sword Art Online: capítulo 14 (“final”)

Posted by at segunda-feira, 16 de setembro de 2013




  • Prepare-se! Esta é a resenha do final” de Sword Art Online. As aspas serão entendidas mais adiante! O capítulo 14 termina a história e apresenta o final da saga em Aincrad! Vixe! Muitas emoções e reviravoltas! Depois do logo, texto com spoilers do final! Não leia se quiser se surpreender! E hoje com a versão da música de abertura em inglês!


    Lembra do final do capítulo 13? O pau estava comendo solto contra o Skull Reaper, um boss fortão que estava passando a foice em geral. ÓBVIO que eles o venceriam. E assim acontece. Kirito, Asuna, Heathcliff, Egil e Klein arregaçam o bichão com o resto da guilda Cavaleiros do Juramento de Sangue.
    Aí todo mundo está caído cansado da batalha, menos Heathcliff. Kirito, já com a pulga atrás da orelha faz tempo, fica observando ele e faz o que todos gostaríamos de ter feito: pula e ataca ele de surpresa, com a guarda baixa!

    E o que acontece? Aaaaaaaah, filhote! Objeto Imortal! O cara está configurado como um NPC!

    Kirito usa um discurso quase bom explicando que está incomodado com o fato de não saber como o criador do jogo estaria observando o desenrolar da aventura, e já dá um truco em Heathcliff, revelando que ele é o próprio Kayaba Akihito, o cara que fez o Sword Art Online!

    Aqui eu gostaria de abrir um parêntese. Infelizmente essa graça da descoberta (apesar de eu desconfiar desde que o cara apareceu) me foi tirada por um belo punhado de leitores que acharam que estavam me ajudando ou sendo legais (incluindo alguns poucos que queriam pagar de bolados espertões). No final do capítulo 9, onde Kirito é desafiado por Heathcliff, pelo menos oito leitores me escreveram tanto aqui nos comentários (que eu apaguei) quanto no meu Facebook que o Heathcliff era o criador do jogo escondido.

    Eu só queria reforçar que eu não vou admirar um leitor que manda mensagens como essa, que fiz questão de guardar para este post:
    ae rafa fmz? nem esquenta com a batalha pq esse heathcliff é o criador do jogo. ele rouba mesmo, já li a light novel e no capitulo 14 vai mostrar a verdade qdo o kirito atacar ele com tudo. só te avisando pra vc não ficar na espectativa. adoro suas resenhas, mto boas! vlw!”
    Tem muitas maneiras de ser simpático comigo. Contar o que vai acontecer sem eu pedir não é uma delas. E eu não vou achar alguém foda só porque leu uma light novel e sabe o que vai acontecer. Não vou te achar legal só porque você usou o Google. Por favor, não façam mais isso.
    Voltando: Heathcliff assume que é Akihito. Mais que isso, ele revela que é o último chefe do jogo, do último nível. Nem preciso falar que todos ficam com a cara de cu mais infinita possível; afinal, o cara que prendeu todos ali e os mantém como reféns do jogo estava se revelando.
    Akihito explica que a habilidade Dual Sword é dada ao jogador com o melhor tempo de reação e que enfrentará o Rei Demônio no nível final. A galera se revolta e parte para cima de Akihito, mas ele abre seu menu de Game Master e começa a paralisar todo mundo, menos Kirito. Ele oferece a Kirito a chance de lutar com ele ali e acabar com o jogo, já que ele foi inteligente o suficiente para decifrar sua identidade secreta. E obviamente ele desliga seu status de imortal.
    Aqui entra o clichê número 18 das histórias. Quando o herói aceita uma batalha até a morte e se despede dos seus amigos um por um, ele vai morrer. É raso assim, simples assim. E Kirito aceita a batalha e despede-se de Egil, Klein e Asuna. Faz parte do caminho do mártir, com ensina o guia do caminho do herói.
    Eles lutam e o pau come solto. Kirito deduz que como Akihito criou o jogo e todas as habilidades, ele sabe como se defender de todos os ataques. Assim, ele precisa usar ataques novos para surpreender.

    A luta é bonita, não vou mentir. Kirito lembra uma mistura de Neo usando sabres-de-luz.
    “Mas…”
    Mas Heathcliff é o fucking criador do jogo, bitch! Ele defende todos os ataques e quebra a segunda espada de Kirito. ‘-’

    E finalmente chegamos ao clichê número 19: a mocinha que se sacrifica para tomar o golpe fatal no lugar do herói. Asuna pula na frente de Kirito para levar o IK (Instant Kill, morte instantânea) de Heathcliff.

    E morre.

    E ao invés de seguir o exemplo de Joseph Climber, que não se abatia com qualquer dificuldade dessa vida… ao invés de se motivar com o sacrifício de sua amada e
    queimar o seu cosmo até o infinitopular na jugular de Akihito, Kirito fica emo, desmotivado nessa vida, acabado, arrasado, não consegue encarar a vida, que é essa caixinha de surpresas… e leva uma sapecada no meio do peito.



    Ele morre, maaaaaaaaaaaas… ele brilha em dourado. E não é brinkz. Ainda translúcido, quase perecendo, ele volta, segura a espada de Asuna e crava ela em Akihito.

    Ele fica surpreso com Kirito ter conseguido anular a programação de morte, mesmo que momentaneamente, e morre junto com ele. E às 14h55 do dia 7 de novembro o jogo Sword Art Online é finalizado com a morte do último chefe, Heathcliff. Todos os jogadores sobreviventes encontram a opção de “Desconectar” em suas interfaces e saem do jogo.
    Kirito acorda em um lugar übber lindo e abre sua interface. O bizarro óbvio: o jogo está carregando a “Fase final”. E óbvio, esperadíssimo, Asuna aparece…

    … assim como Akihito, observando o mundo virtual de Aincrad ser apagado.

    A conversa que rola entre eles é meio filosófica. Akhito explica que todos os jogadores sobreviventes foram desconectados e que os que morreram continuarão sem mente. Ele explica então que sempre sonhou com um mundo em forma de castelo que superasse todas as nossas leis e restrições. Ele sempre sonhou com um castelo de aço que flutuava no céu. E ele revela que acredita que esse castelo exista em algum outro mundo.
    Kirito e Asuna sentam-se então para esperar o fim do mundo juntos. E ela pergunta o nome de verdade dele. Ele se chama Kazuto Kirigaya e acha que tem dezesseis anos. Asuna ri por saber que ele é mais novo que ela, que tem dezessete, e revela que se chama Asuna Yuuki. Eles se abraçam chorando e desaparecem. Não vou mentir não: é emocionante.

    Aí vem uma cena boa. Uma visão em primeira pessoa. Um teto com luzes. Uma mão enfraquecida. Olhos abertos em um NerveGear. Kirito está vivo, negada! Eeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeta beleza!


    E o final, na minha opinião, perfeito: Kirito, ou Kazuto, anda pelo hospital, apoiado em seu suporte de soro, balbuciando o nome de Asuna, indo descobrir se ela também está viva.

    Muito bom. Muito bom mesmo! Na minha opinião, foi o melhor desfecho possível para a história. As perguntas abertas deram um sabor muito bom. Quem era a menina que Kirito viu quando quase morreu (não me interessa se você leu na Light Novel. Pelas regras de narração, isso ficou em aberto para quem viu a animação)? Se Kirito está vivo, as outras pessoas também estariam? E a principal: onde está Asuna?
    Eu prefiro ficar com esse gostinho de curiosidade do que saber a resposta. E explico o motivo.
    Eu assisti a trilogia de The Matrix no cinema, no lançamento, desde o primeiro filme. E Matrix foi profundo: seres humanos presos sem saber em um mundo controlado e vigiado por máquinas que os utilizavam como fonte de energia em uma camada superior (o mundo real). Foi foda demais e o primeiro filme terminou épico.
    Quando The Matrix: Reloaded foi lançado, um risco imenso de estragar a história apareceu. Mas o final foi sensacional: no mundo real, fora da Matrix, Neo consegue desligar Sentinelas apenas com o “poder da mente”. No gap até o lançamento de The Matrix: Revolutions, a expectativa era de que eles também estavam em outra Matrix, já que não havia explicação lógica para um ser humano no mundo real desligar máquinas apenas com o poder da mente. Certo?
    Errado. The Matrix: Revolutions chutou o cu de todos. Não havia outra camada. Ali era o mundo real mesmo, Neo era místico mesmo e conseguia, inclusive, enxergar a programação energética do mundo real, em uma linha (bacana, não vou mentir) de filosofia indiana, que ignorou completamente o raciocínio do público para pregar a linha de pensamento dos irmãos Watchovski. Não preciso lembrar que eles voam e disputam poderes igual a Dragon Ball, né?
    Eles não podiam ter usado o inteligente de “camadas sobrepostas”? Não adianta dizer que não funciona porque essa é a exata fórmula de Inception (“A Origem”); um sonho dentro de um sonho. Três, quatro, cinco camadas.
    Eu não escolhi estes exemplos à toa. Sword Art Online não é uma obra original e revolucionária. Mas ela é muito bem feita. A animação é boa (tirando a luta do capítulo 13 que foi gambiarrada de CG com animação tradicional) e a trilha sonora é muito envolvente. A história é bem contada e se encerra. E eu tenho CERTEZA que cada um de vocês que assistiu a este belo trabalho, foi dormir pensando em como seria a continuação. Como seria o reencontro de Kirito e Asuna, Kirito e Klein, Egil… como eles fariam para reviver Yui e por aí vai.
    E isso aqui confirmou o meu medo:

    “Próximo capítulo: Retorno”.
    Que a história iria continuar era óbvio. Fora as dezenas de spoilers “oi Rafa quero ser seu friend vou te contar td rsrsrsrs”, alguns sinais ficaram bem claros: o principal é a irmã de Kirito saindo para treinar Kendô logo no começo da série. Regra ao contar uma história animada ou filme: tudo que aparece tem que ter um motivo e uso. Não se gasta tempo (dinheiro e recursos) de animação para mostrar coisas irrelevantes. E a série termina sem dizer a razão da irmã de Kirito:
    1 – ter sido citada e aparecido
    2 – ser praticante de Kendô, que é basicamente uma arte que treina o uso de… ESPADAS.
    Com isso em aberto, somado ao discurso de Kirito de “preciso utilizar golpes novos se quiser vencer”, não é preciso ter a quarta-série completa para deduzir o que vem por aí.
    Eu gostaria muito que SAO fosse encerrada neste capítulo. Ela é a segunda melhor série que assisti nos últimos anos, perdendo apenas para Spartacus, que tem o melhor roteiro dos últimos tempos na minha opinião. Mas sabemos que vai continuar. Um monte de gente já spammou minha caixa de mensagens com a prévia do trailer de abertura e encerramento de SAO2, incluindo o “agora vai ter elfos e magia!”.
    Estou com medo do que acontecerá. Vou depositar um voto de confiança na equipe que contou esta bela história, que agora se junta a Cavaleiros do Zodíaco (a série original) e Ouran High School como um dos animes mais legais que tive o prazer de assistir. Acredito que ainda terei que fazer a resenha do capítulo 15 para fechar a coleção, e farei com o maior prazer.
    E mesmo que a numeração de capítulos continue, para mim e para este blog, a linha de acontecimentos que levará Kazuto a ser novamente Kirito em um VMMORPG para buscar seu amor, salvar seus amigos ou o que for, será considerado “Sword Art Online: fase 2“.
    Espero que vocês tenham gostado de compartilhar comigo minha visão desta série. o/



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